Um sopro de vida dei à terra
 


 


Um sopro de vida dei à terra, e dela projetei a perfeição das formas e das palavras, em teu ser.
Moldei seu corpo, tracejei seu sorriso e te fiz ter forças para cruzar os montes e oceanos, mas, quando tu navegavas, foste tragado pelas correntes e te dei minha mão, resgatando-te das profundezas do mar...
Porém, te encantaste com o mundo e me esquecestes... Mas quando viste que te enganaram, bastou olhar em meus olhos e te perdoei, num firme abraço, eternizando-te em meu sonho, em minha terra, em minha alma.
Contei-te todos os segredos do mundo, contei-te sobre os mistérios da vida, as senhas dos portais celestes, que apenas a mim era dado ultrapassar.
Te dei a cobertura da prata, o ouro do sol e o brilho dos astros, para que houvesse brilho em teus olhos e em tua vida mesmo quando estivesses longe de mim.
E como sacrifício de mim mesmo, ofereço-te o punhal da vida, para que me mates em lugar de ti; Porque serei sempre o teu escudo, tua casa, teu exílio, tua promessa; e te esconderei dos inimigos.
E te seguirei além, ao fundo da terra, ao início da verdadeira vida, para te gravar como história, como poesia, como tu és.
És uma parte de mim, uma divindade: da vontade, da criação, da beleza, e te contemplo como a mim mesmo, em um espelho.

 
 
  Petrus Dimitriev 2009 © Poesia Gay Cristã  
 
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